quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CHORO DE MULHER

 Um garotinho perguntou à sua mãe:
 - Mamãe, por que você está chorando?

E ela respondeu:
- Porque sou mulher...
- Mas... eu não entendo.

 A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:
- Meu amor, você jamais irá entender! ...

Mais  tarde o menininho perguntou ao pai:
- Papai, por que mamãe às vezes chora, sem motivo?

O homem respondeu:
- Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo....
Era tudo o que o pai era capaz de responder

O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de  vez em quando, fazia a si mesmo a pergunta:
Por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso?

Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
- Senhor, diga-me... Por que as mulheres choram com tanta facilidade?

E Deus lhe disse:
- Quando eu criei a mulher, tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro...  Porém suficientemente suaves para confortá-lo!

- Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!

- Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos!

- Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito ... Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!

- Porém, para que possa suportar tudo isso, Meu filho... Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!

O homem respondeu com um profundo suspiro...
- Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa...
- Obrigado, Meu Deus, por teres criado a mulher.

Cadê meu doce

Mamãe, cadê meu doce,
Meu terno de marinheiro,
O meu traje domingueiro,
Minha botinha de amarrar?

Mamãe, cadê a Néia,
Que escondeu meu canivete,
Onde está o meu casquete?
Eu não acho o meu pião!

Mamãe, cadê as crianças?
Não viram minha fieira?
Terminou a brincadeira,
Vou fazer minha lição.

Mamãe, cadê seus cuidados?
Mamãe, cadê seu menino,
Debaixo do pente fino,
Ouvindo o seu coração?

Mamãe, cadê o meu galo,
Que cantava todo dia?
Onde está minha alegria?
Não ouvi mais a canção!

Mamãe, eu quero meu doce.
Eu já cheguei da escola,
Vem lavar minha sacola
Que eu deixei cair no chão.

Mamãe, cadê o papai,
Que o tempo levou embora?
Mamãe, cadê a senhora?
Ainda sou o seu menino,
Vem cuidar do meu destino
Eu preciso de você.
Gilberto Gaspar (Poeta mineiro)

 
MÃE
Mãe! São três letras apenas
As desse nome bendito:
Três letrinhas nada mais...
E nelas cabe o infinito.
E palavra tão pequena
- Confessam mesmo os ateus-
É do tamanho do céu!
E apenas menor que Deus... 
(Mário Quintana)

Nenhum comentário:

Postar um comentário